terça-feira, agosto 07, 2007

Escultura inacabada...


Peguei nas tuas mãos pacientes…
Um pouco recatadas…
E tu deixas-te…
Juntei às tuas as minhas mãos quentes,
Um pouco calejadas…
E tu sentis-te…
Deixaste-te guiar pelo barro macio…
Um pouco molhado…
E consentiste…
Nasceu sem alma, sem calor, fria…
Inacabada…
E reflectis-te:

Nem sempre se termina,
Uma obra imaginada…
Mas basta o que se imagina,
P’rá sentir terminada.
Será sempre inacabada…
Essa escultura que os dois
Iniciámos de mão dada…
E vamos deixando para depois.