No silêncio...

No silêncio sinto a ingratidão da vida…
Na vida silenciosa de outra pessoa…
No silêncio sinto-me perdido…sem saída…
Por conversas ditas…
Por conversas tidas…
Por palavras escritas…
Com letras à toa…
Como um livro…
Deixei que abrisses a minha vida…
A olhasses por dentro…
Como se tu fosses…talvez?...boa…
E aprendi…ah se aprendi!
A minha vida é um livro,
Que não pode ser apenas lido…
Por uma…qualquer pessoa.
E por mais arrependido…
Não volto atrás…não sei,
Mas ter-te conhecido…
E abrir-me como um livro…
Se foi erro…Errei.

Viajar...

Baixo a cabeça muito devagar,
Fecho os meus olhos lentamente,
Elevo o pensamento…vou viajar,
Para onde não conheço gente.
Onde não preciso fingir…
Que está tudo bem…não guardo rancor,
Onde ninguém me irá mentir,
Onde a água não tem sabor.
Viajo assim num mundo só meu…
Vou onde o pensamento me levar,
Sem pensar no que aconteceu,
Apenas sigo o sonho de viajar.
Percorro sítios, admiráveis e belos,
Lugares nunca antes visitados
Acordo…sonhos? Que bom tê-los…
Viajo assim de olhos fechados.

O teu olhar...

Queria sentir o teu olhar em mim…
E dizer-te…mesmo a chorar…
Queria ser a flor do teu jardim,
Maior sonho com que posso sonhar.
Mas, num jardim de tantas flores,
Todas de uma beleza sem igual,
Como poderias prender-te de amores,
Pela minha beleza escultural?
Queria sentir só mais uma vez
Esse teu meigo (e)terno olhar…
Nenhum outro faz o que esse fez,
Deixar-me…parvo a ver o luar.
Quis…queria… ainda quero…
Sentir o teu olhar em alvoroço,
Não importa o tempo…eu espero…
O tempo…é meu…é teu…é nosso.